Não estou com vontade de desejar Feliz Natal.
Mas desejo um mundo melhor, pessoas melhores, eu melhor, melhores escolhas.
Desejo parar um pouco, refletir, transformar e me transformar.
Desejo viajar.
Conhecer, provar, cheirar, tocar, me sujar, sujar, macular, sem magoar.
Desejo me defender menos, me proteger na mesma intensidade, não atacar.
Dialogar. Acordar, ou não. Discordar, ou não.
Nas palavras de Gilberto Gil:
"Eu diria, o problema se reduz
aos espirituais sinais iniciais desta canção
Retirar tudo que eu disse
Reticenciar que eu juro
Censurar ninguém se atreve".
Fui.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Dúvida
Duas canções fundamentais: Soledad e Hermana Duda, ambas do Jorge Drexler.
A primeira meu pacto com a solidão, sem tirar nem por, naquele esquema "certas canções que ouço cabem tão dentro de mim...".
A segunda meu pacto com a incerteza, esse mais difícil, pois certezas são bem confortáveis. Um mundo explicadinho é mais fácil de encarar.
A dúvida inexplica, desetabiliza, em bom francês, bouleverse.
Não é uma opção fácil. Mas é a minha.
De verdade? Acho que é preciso mais fé para abraçar a dúvida do que para viver com certezas.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Aquele abraço
Modelos, moldes, formas, fôrmas, fórmulas,
bretes para o raciocínio e para a razão.
De minha parte a resposta é NÃO.
Que eu não me encaixo eu já sabia.
Régua e compasso: só os que vêm da Bahia.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Pra cama
Depois de uma espera de quase quarenta dias, violação da embalagem original (provavelmente pela própria Receita Federal, afinal um livro de filosofia é sempre suspeito), três visitas do carteiro na minha ausência, uma autorização por escrito absolutamente inútil, dois recados do porteiro, uma caminhada de noventa minutos até o CDD - Santa Cecília: ei-lo em minhas mãos.
Não vou mais pra cama sem ele.
By the way, esse homem é meu número.
Não vou mais pra cama sem ele.
By the way, esse homem é meu número.
Há quem chore, há quem venda lenços...
"O diabetes já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. A estimativa é de que, até 2025, esse número aumente para 380 milhões. No Brasil, a ocorrência média de diabetes na população adulta (acima de 18 anos) é de 5,2%, o que representa 6.399.187 de pessoas." (Fonte: Portal da Saúde)
Então, sacaram o tamanho desse mercado? Muita gente já sacou. Do varejo aos atacadistas, fornecedores do SUS.
É imensa a variação do preços praticados no varejo e é assustadora a eficácia de medicamentos que só após dez anos têm suas patentes quebradas para a venda no formato genérico. Ao término desse ciclo as pesquisas da indústria farmacêutica já anunciam novas descobertas e medicamentos mais avançados, decretando a obsolescência do que finalmente se tornou acessível a todos.
E haja congressos médicos patrocinados... Adivinhem por quem?
Saúde preventiva que vença a força do apelo consumista? Só na China, que anda louca pra abandonar sua ancestralidade e se ocidentalizar. Provavelmente a saúde (ou não saúde) desse 1/3 da população mundial também se ocidentalizará. Para a tristeza dos consumidores de lenços e alegria dos seus vendedores.
Então, sacaram o tamanho desse mercado? Muita gente já sacou. Do varejo aos atacadistas, fornecedores do SUS.
É imensa a variação do preços praticados no varejo e é assustadora a eficácia de medicamentos que só após dez anos têm suas patentes quebradas para a venda no formato genérico. Ao término desse ciclo as pesquisas da indústria farmacêutica já anunciam novas descobertas e medicamentos mais avançados, decretando a obsolescência do que finalmente se tornou acessível a todos.
E haja congressos médicos patrocinados... Adivinhem por quem?
Saúde preventiva que vença a força do apelo consumista? Só na China, que anda louca pra abandonar sua ancestralidade e se ocidentalizar. Provavelmente a saúde (ou não saúde) desse 1/3 da população mundial também se ocidentalizará. Para a tristeza dos consumidores de lenços e alegria dos seus vendedores.
sábado, 10 de dezembro de 2011
De todos
Engraçado como a gente vive no fio da navalha! Vacilou, escorrega e perde o senso do que é correto. Não falo do politicamente correto, não. Falo do correto: bom, belo, legítimo e também daquilo que zela pelos direitos de todas as pessoas, portanto, pela democracia.
As críticas de todos nós ao Congresso Nacional (leia-se, Câmara dos Deputados e Senado) são mais que legítimas, pois de modo vergonhoso uma grande maioria de eleitos e eleitas não honra a responsabilidade que recebeu das mãos do povo.
Mas quando ouço falar em "fechar o Congresso", "matar a todos", "dar descarga, pois não sobraria ninguém". Me pergunto quem foi mesmo que elegeu e reelegeu e reelegeu e reelegeu tantas figuras nefastas?
QUEM? De quem é a responsabilidade?
Elegemos ACM pai, filho, neto e satanás (pq nesse caso não há espírito santo); elegemos o Álvaro Dias que entrou careca e hoje tem cachinhos pega-rapaz de tão bem sucedido que foi o seu implante capilar... (isso leva tempo, minha gente!)
Elegemos gerações de Josés Bonifácio de Andrada, gerações de Sarneys, Covas e Montoros, Dirceus e Palloccis... Se nós não mudarmos o nosso voto, eles continuarão exercendo o continuísmo que favorece a alguns e destrói a muitos.
Fechar o Congresso? Não.
Mas que tal transformar o congresso elegendo pessoas como Chico Alencar e Jean Wyllys (ambos do PSOL/RJ); Ivan Valente (PSOL/SP); as queridas Luiza Erundina (PSB/SP) e Manuela (PCdoB/RS) e outras pessoas dignas de representar gente honesta, de bem, que quer o bem comum, o bem de todos. Esse seria o maior "atentado" contra o estado de coisas que hoje presenciamos.
Precisamos ficar de orelha em pé, com a crítica (e a autocrítica)em alerta, se não repetiremos o discurso de quem não tem nenhum apreço pela democracia, mas finge que tem.
Meditemos...
As críticas de todos nós ao Congresso Nacional (leia-se, Câmara dos Deputados e Senado) são mais que legítimas, pois de modo vergonhoso uma grande maioria de eleitos e eleitas não honra a responsabilidade que recebeu das mãos do povo.
Mas quando ouço falar em "fechar o Congresso", "matar a todos", "dar descarga, pois não sobraria ninguém". Me pergunto quem foi mesmo que elegeu e reelegeu e reelegeu e reelegeu tantas figuras nefastas?
QUEM? De quem é a responsabilidade?
Elegemos ACM pai, filho, neto e satanás (pq nesse caso não há espírito santo); elegemos o Álvaro Dias que entrou careca e hoje tem cachinhos pega-rapaz de tão bem sucedido que foi o seu implante capilar... (isso leva tempo, minha gente!)
Elegemos gerações de Josés Bonifácio de Andrada, gerações de Sarneys, Covas e Montoros, Dirceus e Palloccis... Se nós não mudarmos o nosso voto, eles continuarão exercendo o continuísmo que favorece a alguns e destrói a muitos.
Fechar o Congresso? Não.
Mas que tal transformar o congresso elegendo pessoas como Chico Alencar e Jean Wyllys (ambos do PSOL/RJ); Ivan Valente (PSOL/SP); as queridas Luiza Erundina (PSB/SP) e Manuela (PCdoB/RS) e outras pessoas dignas de representar gente honesta, de bem, que quer o bem comum, o bem de todos. Esse seria o maior "atentado" contra o estado de coisas que hoje presenciamos.
Precisamos ficar de orelha em pé, com a crítica (e a autocrítica)em alerta, se não repetiremos o discurso de quem não tem nenhum apreço pela democracia, mas finge que tem.
Meditemos...
Bombon
Hoje sonhei bilingue, pela primeira vez, desde que comecei a estudar francês.
Eu estava numa escola, havia adultos e crianças e uma menininha bem feiinha, tadinha, chorava num carrinho de bebê, desses para crianças mais crescidas.
Incomodada com o choro, me acheguei à pequena criatura e perguntei em português: o que está acontecendo? posso te ajudar?
Como a criança respondeu enrolado perguntei: Qu'est-ce que se passe, petite? Pourquoi tu pleures?
Ela respondeu: Je veux sortir! apontando para fora do recinto.
Eu disse: Tu veux aller hors?
Ela corrigiu: DE HORS.
Eu disse: Ah bon? Bien, chaque fois que tu me corriges je te donnerai un bombon.
Alguém chegou e levou a criança.
Eu estava numa escola, havia adultos e crianças e uma menininha bem feiinha, tadinha, chorava num carrinho de bebê, desses para crianças mais crescidas.
Incomodada com o choro, me acheguei à pequena criatura e perguntei em português: o que está acontecendo? posso te ajudar?
Como a criança respondeu enrolado perguntei: Qu'est-ce que se passe, petite? Pourquoi tu pleures?
Ela respondeu: Je veux sortir! apontando para fora do recinto.
Eu disse: Tu veux aller hors?
Ela corrigiu: DE HORS.
Eu disse: Ah bon? Bien, chaque fois que tu me corriges je te donnerai un bombon.
Alguém chegou e levou a criança.
Espartana
Bolacha de água e sal - 2 unidades (isso mesmo, a soma de 1+1)
Leite desnatado - 1 copo sem açucar (sem gosto, sem nescau, sem vida, praticamente sem vaca)
Ricota - a quantidade compatível com duas bolachas de água e sal.
Segundo minha endocrinologista, em Esparta, isso seria considerado um lanche.
Leite desnatado - 1 copo sem açucar (sem gosto, sem nescau, sem vida, praticamente sem vaca)
Ricota - a quantidade compatível com duas bolachas de água e sal.
Segundo minha endocrinologista, em Esparta, isso seria considerado um lanche.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Oportunidade
Fiz uma descoberta interessante ontem.
Descobri que a maior das obviedades, se dita no momento certo, com o tom de voz adequado à ocasião e com uma boa cara de conteúdo pode ser muito rentável.
Oportunismo ou oportunidade?
Meditemos...
Descobri que a maior das obviedades, se dita no momento certo, com o tom de voz adequado à ocasião e com uma boa cara de conteúdo pode ser muito rentável.
Oportunismo ou oportunidade?
Meditemos...
Provas irrefutáveis de que estou ficando velha IV
Me reconciliei com a endocrinologista. Lembram? Tenho que viver para ler tudo que quero.
Saí do consultório com uma receita para quatro medicamentos, que, somados ao anti-hipertensivo, totalizam cinco bombas químicas para consumo diário.
Outra! A médica me cedeu um daqueles aparelhos para medir a glicose várias vezes ao dia.
Ou seja, quando eu começar a brilhar no escuro, os feixes de luz poderão ser emitidos pelos furinhos nas pontas dos dedos.
Totalmente Odara.
Saí do consultório com uma receita para quatro medicamentos, que, somados ao anti-hipertensivo, totalizam cinco bombas químicas para consumo diário.
Outra! A médica me cedeu um daqueles aparelhos para medir a glicose várias vezes ao dia.
Ou seja, quando eu começar a brilhar no escuro, os feixes de luz poderão ser emitidos pelos furinhos nas pontas dos dedos.
Totalmente Odara.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Provas irrefutáveis de que estou ficando velha III
Cabelos brancos, um sentimento de urgência absurdo e um hedonismo gastronômico quase suicida.
Provas irrefutáveis de que estou ficando velha II
Eita almoço que rendeu...
Na livraria contemplando a enormidade de livros ao meu dispor, desejei ter muitas vidas para ler tudo que tenho vontade.
Adoro adormecer lendo, porque, em geral sonho com a história, os personagens, as emoções que me conduziram docemente ao sono.
Desejei viver para ler, ler para viver.
Tive medo de morrer.
Na livraria contemplando a enormidade de livros ao meu dispor, desejei ter muitas vidas para ler tudo que tenho vontade.
Adoro adormecer lendo, porque, em geral sonho com a história, os personagens, as emoções que me conduziram docemente ao sono.
Desejei viver para ler, ler para viver.
Tive medo de morrer.
Provas irrefutáveis de que estou ficando velha I
Caminhando após o almoço vi um pequeno olhando para cima e fazendo uma pergunta sobre algo aparentemente banal ao seu pai.
Existe coisa mais bonita nesse mundo do que uma criança fazendo perguntas?
Querendo saber, testando a confiabilidade e a coerência dos adultos que por ela são responsáveis. Tive vontade de chorar e desejo de que seus pais, professores e adultos que o cercam sejam sempre generosos e humildes ao tentar responder a questionamentos por vezes irritantes, sempre legítimos.
Existe coisa mais bonita nesse mundo do que uma criança fazendo perguntas?
Querendo saber, testando a confiabilidade e a coerência dos adultos que por ela são responsáveis. Tive vontade de chorar e desejo de que seus pais, professores e adultos que o cercam sejam sempre generosos e humildes ao tentar responder a questionamentos por vezes irritantes, sempre legítimos.
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